
Reconstrução virtual do Caldarium, Thermae romana de Segobriga, Espanha. O ambiente permanecia quente devido ao ar transportado pelas paredes. Este ar esquentava os tijolos que projetava o calor para o ambiente.
Os romanos usavam as águas termais quentes para aliviar seu sofrimento de reumatismo e artrite, causados pelo excesso de comida e bebida, e o Caldarium era a câmara destinada aos banhos quentes e aos banhos de vapor. O Caldarium podia ser redondo ou retangular, com um ou mais tanques (piscinae) de água quente, ou banheiras individuais. Os arquitetos construíam geralmente no lado sul ou sudoeste das balneários, para explorar o calor natural do sol. Em estruturas mais antigas, o calor era obtido com braseiros simples. Com o tempo, se tornou comum os romanos ultilizarem um sistema de aquecimento por circulação de ar quente em baixo do piso e através das paredes, o Hypocaust.
Hypocaust: O piso do Caldarium era formada por uma camada de concreto, que se apoiava em pilares de tijolos (suspensura) em um espaço oco destinado a circulação de ar quente. Este sistema poderia ser completado transportando o ar quente também nas paredes do Caldarium.

A Recriação artística da magnífica decoração de uma câmara e uma piscina nas Termas de Caracalla: Mármores, colunas, fontes e estátuas. Observe o funcionamento do Hypocaustum abaixo do piso. Existia uma rede complexa de quartos no subsolo, onde havia salas de serviços que permitiam a administração prática da Thermae completamente escondida aos olhos dos visitantes.
Este vídeo traz uma pequena explicação de como funcionava o Hypocaust em um Thermae romano, (em inglês).
Não se sabe com certeza temperatura que era geralmente obtida no Caldarium. A temperatura nos termas modernas é 35 ° C , enquanto em saunas finlandesas podem chegar a 70 ° C. Sabe-se que Romanos usavam sandálias de madeira com objetivo único de resistir à temperatura de Caldarium, considera-se que a temperatura em um Caldarium não poderia exceder a temperatura de 50-55 ° C.

Ilustração artística da aparência das Temas de Caracalla. Haviam dois tipos de termas nas cidades romanas. Para a classe plebéia: construções simples e apertadas. Para os Patrícios: verdadeiros monumentos e pequenas cidades dentro da cidade. Dentro das Termas de Caracalla, um dos mais importantes em Roma, existiam teatros, bibliotecas, salas de estudo e até lojas.
Os romanos também desenvolveram Thermae em suas colônias, aproveitando as fontes quentes e naturais que ocorrem na Europa para a construção de Thermae em Aix e Vichy na França, Bath, na Inglaterra e Buxton, Aachen e Wiesbaden na Alemanha, em Baden, Áustria e Aquincum, Hungria, entre outros locais. Estes Thermae tornaram-se o centro das atividades recreativas e sociais nas comunidades romanas. Bibliotecas, auditórios, ginásios e jardins faziam parte de alguns complexos de Thermae. Há diversas ruínas de termas em vários pontos do território antigamente ocupado pelo Império Romano.