In the Tepidarium, pintado por Alma-Tadema, 1881. O Tepidarium era usado depois do frigidarium. O banhista que desejava atravessar para o banho quente, entrava no processo de transpiração no tepidarium. Esta câmara não possuia banheiras. Era uma sala agradavél, aquecida com ar quente, a fim de preparar o corpo para os banhos quentes, e ao retornar evitar uma mudança brusca de temperatura para o ar livre.
Assim, os romanos elevaram o ato de tomar de banho a status de ritual artístico, e seus Thermae refletiam esses avanços fisicamente. O Thermae romano incluía um ritual muito mais complexo do que um processo de simples imersão ou transpiração. As diferentes etapas do banho-ritual (despir-se, banhar-se, transpirar, receber massagem e descansar) tornavam necessária a construção de câmaras separadas por funções para cada etapa do banho.
Ilustração didática de um Thermae público na antiga Roma. Frequentar o Thermae, diariamente, fazia parte da vida social na antiga roma. Os banhos públicos eram lugares onde os romanos podiam práticar esportes, fazer a higiene pessoal, realizar negócios. Os banhos eram um lugar de socialização, de desenvolvimento de atividades para mulheres e homens que iam tomar banhos de imersão e conversar. Como hoje em dia, em um clube.
O design dos banhos romanos continham notáveis características arquitetônicas. Cada homem rico trazia seu próprio escravo que lhe atendia em toda a sequência de banhos. o Thermae, normalmente, tinha três entradas: uma para homens, uma para mulheres e outra para escravos.
Os Thermae frequentemente continham um pátio, ou Palaestra. A Palaestra que era um jardim ao ar livre utilizado para exercícios físicos. Em alguns casos, a Palaestra era construída em um pátio no interior do Thermae, e em outros casos a Palaestra ficava ao lado de fora. Quase sempre uma colunata delineava as bordas da Palaestra.
Reconstrução virtual: Termas Romanas em Segóbriga, Espanha. As maiores termas possuíam várias câmaras e salas com funções específicas. O design podia variar, mas geralmente as termas tinham um pátio central para exercícios, rodeado por um pórtico, com as câmaras para banhos ao seu redor.
Reconstrução virtual: Termas Romanas em Segóbriga, Espanha. Após o exercício ou o banho de piscina, os banhistas circulavam pelos quartos de banho: do morno Tepidarium, com paredes e pisos aquecidos, ao Caldarium com sua piscina quente, e a gelada piscina do Frigidarium. Eles também podiam usar o Sudatorium ou receber massagens dos escravos.
Divisões de um Thermae na Antiga Roma:
Apodyterium: Era a entrada dos termas romanos. Serviam como vestiários. Era sempre a primeira camâra, logo após ao pórtico da entrada. Nesta câmera o banhista se despia e guardava suas roupas, sempre vigiadas por um escravo.
Tepidarium: Câmara de temperatura morna que preparava ao banhista para o banho de água quente.
Sudatorium: Câmara com vapores, parecida com a sauna moderna (sala de transpiração).
Palaestra: Patio central para o qual se abriam todas as demais câmaras e era usado para exercícios físicos.
Tabernae: Lojas adjacentes às câmaras de banho, onde se vendiam bebidas e comidas.
Caldarium: Banhos de água quente. Era uma camâra luminosa e enfeitada. As grandes termas tinham inclusive piscinas, onde se podia nadar. Em termas menores, o banho era feito em banheiras ou tanques de água quente.
Frigidarium: Camâra destinada aos banhos de água fria. Em grandes termas o frigidarium podia ser descoberto e incluía entre suas instalações uma grande piscina onde se praticava natação (Natatiae).
Laconicum: Câmara seca.
Hypocaustum: Sistema de aquecimento sob o pavimento, em que o ar aquecido das fornalhas circulava através de tijolos perfurados, e daí espalhavam calor no interior das paredes.
Praefurnium: Local das fornalhas subterranêas que aqueciam o ar e a água das banheiras
An Apodyterium, pintado por Alma Tadema. Os banhos romanos abriam ao meio dia e fechavam ao pôr do sol. Nos lugares destinados às irmersões, haviam câmaras separadas para homens e mulheres; se não haviam câmaras separadas, o estabelecimento abria umas horas ao dia para mulheres e outras para homens, e só uma vez ao ano as termas eram abertas ao povo. Em algumas ocasiões, durante o Império, permitiu-se o banho conjunto a homens e mulheres.
Os Thermae repúblicanos tinham instalações de banho separadas para homens e mulheres, mas durante o primeiro século depois de Cristo, o banho misto era comum. No entanto, a separação entre homens e mulheres foi restabelecida pelo Imperador Adriano
A área reservada as mulheres era geralmente menor do que a área dos homens, por causa do menor número de freguesas. Paredes sólidas e localização em lados opostos, separavam o espaço masculino e feminino, e garantiam a privacidade.
A separação dos sexos e as adições de atividades não diretamente relacionadas ao banho (ginástica, leitura etc) também tiveram impactos diretos sobre a arquitetura dos banhos. O ritual do banho romano e sua elaborada arquitetura serviram como precedente para instalações balneáreas européias e americanas.
O declínio do Império Romano no Ocidente, a partir de 337 dc, depois da morte do imperador Constantino, obrigou as legiões romanas abandonar suas províncias periféricas e deixar os banhos serem assumidas pela população local ou destruídos.
Ruínas das Termas públicas romanas em Bath, Inglaterra. A ruptura do telhado original, causou a proliferação de algas. A estrutura de colunas acima do nível das bases é uma reconstrução posterior.
Ruínas do Frigidarium das termas romanas de Caesaraugusta, Espanha. Este Natatio era decorado com motivos florais e revestido com placas de mármore nos pisos e paredes.